A hora em que a ficha caiu...

Tudo muito bom, tudo muito bem...
A ideia da gravidez já tinha quase se instalado na cabeça da mamãe e do papai exceto por um detalhe: o doce som do coraçãozinho batendo a 160 bpm ainda não tinha ecoado em nossos ouvidos.
Com a descoberta no sábado e a correria para tentar achar um ginecologista (um outro tema para longas linhas de discussão nesse blog, mas deixa pra depois) aqui em Ribeirão, consegui marcar para quinta-feira passada nosso primeiro ultra-som.  Até então milhões de dúvidas não deixavam de me perturbar em todos os momentos.  Será que ele está bem? Será que fiz mal por não saber que estava grávida e beber todas em alguns dias? Será que pode ser gravidez nas trompas e eu estou empolgada a toa? Será, será, será?
Não precisou de muita experiência como mãe pra saber que esses serás todos irão acompanhar minha cabeça pro resto da vida, só que de uma maneira mais calma em que conseguirei distinguir o que é loucura e o que pode ser plausível.
Ansiosos, papai e mamãe não viam a hora de conseguir curtir por inteiro essa notícia que já mudava demais nossa vida. E mesmo que esse não fosse nosso plano para agora, as mudanças só nos faziam bem e continuávamos sendo muito felizes (e seremos para sempre).
Enfim, entramos na sala de ultra com o médico, uma secretária e mais uma mulher, que deveria ser uma médica, explicando o procedimento ao Dr. que nos examinaria.
Preparação e...lá estava o maior amor da minha vida...o mundo então fazia muito mais sentido pra mim naquele momento. Começamos vendo mais de longe e a medida em que ele aproximava a imagem, meu coração disparava. Não conseguia olhar muito pro Papai Lindo porque sabia que iria chorar mais fácil. E como queria todos os detalhes para saber se nosso pequeno estava bem, segurei até ficar sabendo. E de repente aquele som que se assemelha a cavalgadas encheu a sala inteira de vida, muita vida. O milagre da vida, não é?
Após saber que nosso pequeno estava bem, medindo 11 mm e com 160 de bpm, tudo tomou forma pra os papais babões. Eu estava nesse dia com 7 semanas e 3 dias. Com esse tempo não se consegue ver muito mais do que isso.
Sai da sala e o Lindo me esperando, assim que olhei para ele foi como se respirássemos aliviados ao mesmo tempo. Um sorriso e lágrimas de felicidade fizeram o papel das palavras nesse momento.
E então tudo ficou mais bonito pra nós!

Tem gente que não vai ver nada, alguns podem saber onde é a cabeça, corpo, bumbum...mas eu e o Lindo conseguimos ver perfeitamente assim que olhamos pela primeira vez. Prazer, esse é nosso pequeno.